sábado, 14 de março de 2015

Cervejaria Martins, a entrevista!

Na semana passada foi publicado no In Guimarães - Live. Buy. Enjoy um artigo sobre a famosa Cervejaria Martins. Já leu? Segue agora a entrevista completa ao dono do estabelecimento, Damião Martins. 

1 . Qual é o seu nome?
R: Damião Martins.

2 . Há quanto tempo existe a Cervejaria Martins?
R: Desde 1951. Embora já tivesse passado por várias transformações. Uma delas foi daquele lado, existia um género de mercearia que, naquela altura, se chamava Mercearia Fina, hoje seria Gourmet.

3 . O senhor é o proprietário?                                                           
R: Sim, eu e o meu irmão. Isto era do meu avô, depois passou para o meu pai e agora sou eu e o meu irmão.

4 . Vai passando de geração para geração…
R: Sim, já vai na terceira.

5 . Qual é a especialidade da casa?
R: Comida? Temos muita coisa. Temos, por exemplo, os pregos no pão, uma francesinha especial ótima, e depois temos uma comida regional típica portuguesa. Ainda hoje, a dobrada, tripas que também acho que são muito boas e outras coisas. 

6 . Já me disseram que aqui existem os melhores finos de Guimarães. Algum truque?
R: Provavelmente (ri). Não tem truques. São bem tirados. É a saída, a cerveja tem essa particularidade. É igual para todo o lado. É uma questão de ter sempre mais ou menos saída.

7 . Quem me disse que aqui existiam os melhores finos também afirmou que mal se acaba de beber um já estão a servir outro. E se a pessoa não quiser, há sempre alguém que queira.
R: Sim. É uma questão de educação dos funcionários. Eles são quase sempre feitos por nós, bem ou mal já lhes vamos tentando explicar como é que a casa funciona e isso é uma das maneiras da casa funcionar.

8 . Como se adaptou o lugar às mudanças dos tempos?
R: Vai-se adaptando. Temos tentado fazer as coisas que melhor nos serviriam e à cidade. Dentro das nossas possibilidades, prestar um bom serviço também à cidade. Servindo bem os clientes, as pessoas que por aqui passam, ficarem agradadas com o serviço e com a cidade.

9 . Acha que perderam alguma genuídade ou adaptaram-se bem às mudanças?
R: Adaptamo-nos bem. Temos tentado nos adaptar, embora hoje as coisas neste ramo estejam muito diferentes, e eu aí até lhe diria que nós continuámos um bocado na velha guarda. O tempo dirá se é uma boa opção ou não.

10 . Relativamente aos produtos alimentares utilizados. Dá atenção se são ou não caseiros. Se são portugueses…
R: É tudo, praticamente, fabricado na casa. São produtos portugueses, coisas boas, carnes boas. Essencialmente à base disso. Eu não trabalho muito com peixe, sem ser sardinhas pequeninas aos sábados com arroz de feijão vermelho. Mas, basicamente, é carne e temos muito cuidado com a compra das carnes.

11 . Na sua opinião, o que diferencia a Cervejaria Martins dos outros estabelecimentos?
R: Provavelmente a idade. Os outros se calhar são melhores do que eu numas coisas, eu sou melhor noutras.

12 . Cervejaria Martins. Qual o motivo para a escolha deste nome?
R: É de família.

13 . Como se encontra o negócio nos tempos de hoje? Qual a maior dificuldade?
R: Mal. Muito mau em relação ao que já foi. Já foi bastante melhor. Por várias condicionantes, uma delas a falta de estacionamento no Toural.

14 . Qual é a altura da semana que junta mais pessoas aqui na Cervejaria Martins?
R: Aos fins-de-semana.

15 . Como surgiu a ideia da decoração a partir de cachecóis?
R: É daquelas coisas, às vezes, que a gente não imagina no que vai dar. Já lá vão uns anos, um amigo que fazia várias viagens ao estrangeiro, representante de uma empresa de Guimarães, foi à Inglaterra e viu um bar com uns galhardetes e tal e trouxe. Nunca mais me esquece, a coleção dos galhardetes todos dos clubes da 1ª Liga Inglesa. Então a gente pôs aí. E as pessoas gostaram, acharam piada e traziam. Os emigrantes traziam, e começou a haver aqueles clientes que quando iam ver o Vitória traziam, outros que passavam por aqui e não viam o seu clube e mandavam por correio. Tenho o dobro ou o triplo. Cada passo mando lavar e tenho que os substituir todos. Tenho três mudas de cachecóis. (ri)

16 . Deseja deixar alguma mensagem aos seus clientes e futuros clientes?
R: Que tenham muita saúde e dinheiro para vir aqui gastar que é uma coisa que está difícil. Mas estou convencido que isto vai mudar, as coisas vão para a frente. 

Não perca na próxima semana, mais um artigo sobre o comércio tradicional de Guimarães!

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