segunda-feira, 23 de março de 2015

O Berço da Cortiça - Entrevista!

No passado sábado, o In Guimarães apresentou um artigo sobre a loja "O Berço da Cortiça". Segue agora, para aqueles que ficaram curiosos, a entrevista completa a Sara Carvalho, proprietária do local. 


1 – Qual é o seu nome?
R: Sara Carvalho

2 – Qual é a morada do estabelecimento?
R: Rua Dr. Avelino Germano, nº 94/96. Mas é mais conhecido como Largo da Tulha.

3 – Como se chama o dono?
R: Sara Carvalho e João Pinto.

4 – São os donos desde que abriu a loja?
R: Somos, sócios-gerentes da loja.

5 – Há quando tempo é que abriu?
R: Desde outubro. Há meio ano.

6 – Todos os materiais que aqui são vendidos são feitos à base de cortiça?
R: Sim, cortiça 100 por cento nacional.

7 – Que tipos de objectos as pessoas podem encontrar aqui na loja?
R: Bijuteria. Malas. Carteiras. Relógios. Colares. Pulseiras. Isqueiros. Lenços com pendente. Apesar de os cachecóis não serem de cortiça têm sempre alguma coisa de cortiça como o pendente. Guarda-chuvas. Chapéus. Agendas. Cadernos. Outros produtos mais direccionados para turistas como as bases com o lenço dos namorados, com desenhos alusivos ao património português como o galo de Barcelos, um bocadinho de tudo.

8 – Como é que tiveram a ideia de abrir esta loja?
R: A ideia saiu do gosto pela cortiça. Acho que nós temos que apoiar aquilo que é nosso e a cortiça é 100 por cento nacional. Nós somos o maior produtor mundial de cortiça e estamos a falar de um produto com extrema qualidade e direcionado para uma classe, para um público-alvo que gosta de proteger a floresta. Porque quando nós fazemos uma mala não é necessário deitar a baixo as árvores, a cortiça depois rejuvenesce e 9 anos depois podes tirar a cortiça. Ou seja, são pessoas que gostam de requinte, bom gosto e ao mesmo tempo pessoas que protegem o ambiente uma vez que não é necessário deitar árvores a baixo para produzir uma peça de cortiça.

9 – Relativamente à construção dos materiais, quem é que trabalha neles?
R: Nós tentamos sempre que possível comprar a fornecedores diferentes. Diferentes e pequenos fornecedores, pequenos artesãos de cortiça. Por isso é feito por essas pessoas, não por nós. Nós apenas comercializamos mas tentamos ir ao encontro do artesanato e daquilo que é antigo também. Não só comprar em grandes quantidades mas também comprar a pessoas que trabalham a cortiça de um modo mais delicado e em pequenas quantidades. No fundo é isso.

10 – De todos os produtos aqui da loja quais é que têm mais saída?
R: Sem dúvida uma coisa que investimos mais tarde, que foi as canetas com os nomes. Em termos de quantidade é o que tem mais saída. É uma coisa que é simples, é barata e é diferente. Tem o próprio nome da pessoa e é uma coisa para oferecer. Em termos de quantidade, em termos de volume de negócio não. São os colares, as porta-malas. Ou seja, em termos de valor é mais por aí. Em termos de quantidade são as canetas. Porque são coisas mais pequeninas, e passam aqui bastantes turistas que pegam e levam para dar uma lembrança a alguém, sejam estrangeiros ou portugueses.

11 – Têm todo o tipo de nomes?
R: Não. Mas temos a possibilidade de, se for alguém daqui perto ou venha cá a Guimarães, o fornecedor fazer o nome da pessoa em questão.

12 – O que a levou a abrir uma loja nos tempos de hoje, complicados a nível financeiro?
R: Acho que foi mesmo por estarmos em tempos complicados, obriga a procurar outras alternativas e então, decidimos apostar num sector que acho que tem futuro, que é necessário. E ainda por cima estamos a vender algo que é nosso, nosso português e estamos a valorizar.

13 – Qual é o feedback que as pessoas lhe dão em relação ao projeto?
R: As pessoas gostam muito. Gostam muito da loja, dos produtos, apesar de não termos tudo vamos tendo cada vez mais coisas. As pessoas ficam admiradas como é que através da cortiça é possível fazer este tipo de coisas tão requintadas. Uma mala tão perfeita com uma naturalidade e flexibilidade muito grande, ficam admiradas como é possível através da cortiça fazer um guarda-chuva por exemplo, que anda lá fora, é impermeável, não entra água, ficam admiradas.

14 – Qual o motivo para a escolha do nome “O Berço da Cortiça”?
R: Foi complicado. Escolher o nome foi um bocado complicado. Mas está relacionado com a história de Guimarães. A cidade berço. Nós queríamos conjugar a cortiça com Guimarães.

15 – Como é que se encontra o negócio nos tempos que correm?
R: Há tempos piores, outros melhores. O inverno é sempre mais baixo porque para aí 60 ou 70 por cento das pessoas que nos compram são estrangeiros ou portugueses mas turistas e esta época agora está a melhorar mas é sempre mais complicada.

16 – Deseja deixar alguma mensagem aos seus clientes e futuros clientes?

R: Desejo. Primeiro agradecer aqueles que já vieram a preferência pela nossa loja e apelar às pessoas para virem cá e verem algo de diferente que lhes possa agradar. 

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